terça-feira, julho 30, 2013

Entre o Mar e o Sertão

O crítico Pedro Henrique Ferreira, colaborador da Revista Cinética, escreveu recentemente um texto intitulado Entre o Mar e o Sertão que tece uma interessantíssima ponte entre alguns personagens da nossa corrente filmografia com a trajetória dos cineastas cinemanovistas, “que viram suas aspirações revolucionárias dos anos 1960 sofrer uma espécie de domesticação de seus antigos anseios por uma mobilização social, em prol de uma articulação efetiva com o governo (ditatorial, de direita) para a criação de uma identidade nacional”. Eles, os cinemanovistas, e esses personagens (Maria Lúcia em Faroeste Caboclo, João em O Som ao Redor e os irmãos Vilas Boas em Xingu) foram forçados a “compactuar com a elite que, não à toa, se associou ao governo ou seus representantes, a polícia; que tem diante do conflito de classes uma absoluta falta de poder, uma incapacidade de sequer atenuá-lo, apesar de ter um claro posicionamento ideológico em favor de um dos lados – o do mais fraco”.

O texto é relativamente longo, o que me levou a abandonar a ideia de republicá-lo por aqui. Fica o link no primeiro parágrafo. A curiosa relação estabelecida entre essas partes aparentemente distintas é prova de que não existem limites para a fruição de um filme. Boa leitura!

Nenhum comentário:

Postar um comentário