Ao que tudo indica, a Copa deve
servir de justificativa para o lançamento de um número moderado de filmes, já
que nenhuma distribuidora se arrisca a colocar no mercado um produto que ainda
não tenha sido testado, seja uma continuação, um blockbuster que atende ao
calendário internacional de estreias ou a adaptação de um best-seller. A lógica
que rege o mercado encontra a circunstância apropriada para colocar em prática
o seu verdadeiro desígnio, ao mesmo tempo em que consolida de vez a era das
transmissões dos jogos via telões de cinema (como já vem fazendo com shows e
óperas). Pelo menos em Ribeirão Preto a toada parece ser essa.
Sem partir para lamentações, a
ideia aqui é fazer um breve apanhado das últimas sessões frequentadas, sem
qualquer distinção de qualidade.
Sob a Pele (Jonathan Glazer,
2013) – as imagens mais memoráveis do ano até agora. Confesso que mesmo
reconhecendo esse mérito do filme, ainda não fui capaz de adotar um julgamento
definitivo sobre ele. Provavelmente terei de vê-lo novamente. Sem sombra de
dúvida, o melhor uso que se fez de Scarlett Johansson até hoje (e não digo isso
pelas cenas em nu que ela protogoniza – a sua sensualidade independe da
exposição literal do seu corpo). Boa parte do interesse do filme reside no
choque proporcionado pela imagem da atriz que conhecemos e o ser que ela
procura incorporar.
Godzilla (Gareth Edwards, 2014)
- depois do desastre do Godzilla (Roland
Emmerich, 1998), o anúncio de que o material seria revisitado não despertou
o entusiasmo em ninguém. Guillermo del Toro indicou um possível caminho para o
revival dos monstros japoneses em o Círculo
de Fogo (2013). Gareth Edwards fez a lição de casa ao estudar
minuciosamente seu mentor, Steven Spielberg. Lembrou os bons momentos do mestre
ao controlar as expectativas do público, valorizando as aparições do monstro
sempre que ele entra em cena.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (Bryan Singer, 2014) - o melhor filme de super-heróis desde X-Men: Primeira Classe (Matthew Vaughn, 2011). Nada do que foi produzido nesse intervalo se compara a excelência dessa produção, nem mesmo o elogiado Capitão América que estreou há uns dois meses atrás - que, honestamente, não me convenceu. Turbinaram este X-Men com a melhor combinação de personagens/atores que a série produziu até agora, num esforço bem orquestrado para colocar as duas gerações no mesmo plano. A cena em que o Mercúrio (Evan Peters) liberta Magneto (Michael Fassbender) do confinamento vale o filme inteiro.
A Culpa é das Estrelas (Josh Boone, 2014) - eu tenho uma sobrinha de 12 anos cujo gosto pela leitura foi despertado ao ler o livro de John Green - matriz de onde o filme foi adaptado. Eu sempre procurei trazer referências para compor o universo cinematográfico dela, recorrendo a produções clássicas condizentes com a sua faixa etária. Crianças não atribuem muita importância à data de produção de um filme. O dia em que ela reproduziu os diálogos de O Mágico de Oz (Victor Fleming, 1939), depois de assistí-lo inúmeras vezes, foi inesquecível. Enfim, agora, com A Culpa é das Estrelas, foi a vez de ela me influenciar com as suas referências. É bonito ver o florescer de dois atores que serão lembrados por esses papéis por toda uma geração de espectadores (adolescentes). Não é difícil encontrar argumentos para desqualificar o filme, embora esse não seja meu intuito, já que minha lembrança ficou atrelada ao entusiasmo da minha sobrinha. Não minto, chorei pra caramba.
Como Treinar o Seu Dragão 2 (Dean DeBlois, 2014) - de 2010 pra cá, desde o primeiro Como Treinar o Seu Dragão e Toy Story 3, a animação norte americana vem passando por um momento de pouca inspiração, merecendo destaque apenas Detona Ralph (Rich Moore, 2012). O segundo episódio de Como Treinar, do mesmo Dean DeBlois, veio para alterar esse panorama: é uma p... animação. O parágrafo que abre o texto de Susan Wloszczyna, colaboradora do site www.rogerebert.com, resume bem a razão da sua superioridade: "What the sea was to Finding Nemo, the sky is to How to Train Your Dragon 2 - a boundary-free backdrop of natural beauty that allows the audience to experience first-hand the wonders down below or up above in an immersive way that only the best in 3D animation can do".
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (Bryan Singer, 2014) - o melhor filme de super-heróis desde X-Men: Primeira Classe (Matthew Vaughn, 2011). Nada do que foi produzido nesse intervalo se compara a excelência dessa produção, nem mesmo o elogiado Capitão América que estreou há uns dois meses atrás - que, honestamente, não me convenceu. Turbinaram este X-Men com a melhor combinação de personagens/atores que a série produziu até agora, num esforço bem orquestrado para colocar as duas gerações no mesmo plano. A cena em que o Mercúrio (Evan Peters) liberta Magneto (Michael Fassbender) do confinamento vale o filme inteiro.
A Culpa é das Estrelas (Josh Boone, 2014) - eu tenho uma sobrinha de 12 anos cujo gosto pela leitura foi despertado ao ler o livro de John Green - matriz de onde o filme foi adaptado. Eu sempre procurei trazer referências para compor o universo cinematográfico dela, recorrendo a produções clássicas condizentes com a sua faixa etária. Crianças não atribuem muita importância à data de produção de um filme. O dia em que ela reproduziu os diálogos de O Mágico de Oz (Victor Fleming, 1939), depois de assistí-lo inúmeras vezes, foi inesquecível. Enfim, agora, com A Culpa é das Estrelas, foi a vez de ela me influenciar com as suas referências. É bonito ver o florescer de dois atores que serão lembrados por esses papéis por toda uma geração de espectadores (adolescentes). Não é difícil encontrar argumentos para desqualificar o filme, embora esse não seja meu intuito, já que minha lembrança ficou atrelada ao entusiasmo da minha sobrinha. Não minto, chorei pra caramba.
Como Treinar o Seu Dragão 2 (Dean DeBlois, 2014) - de 2010 pra cá, desde o primeiro Como Treinar o Seu Dragão e Toy Story 3, a animação norte americana vem passando por um momento de pouca inspiração, merecendo destaque apenas Detona Ralph (Rich Moore, 2012). O segundo episódio de Como Treinar, do mesmo Dean DeBlois, veio para alterar esse panorama: é uma p... animação. O parágrafo que abre o texto de Susan Wloszczyna, colaboradora do site www.rogerebert.com, resume bem a razão da sua superioridade: "What the sea was to Finding Nemo, the sky is to How to Train Your Dragon 2 - a boundary-free backdrop of natural beauty that allows the audience to experience first-hand the wonders down below or up above in an immersive way that only the best in 3D animation can do".
Nenhum comentário:
Postar um comentário